O Projeto Padrinho Educador começou após a visita da Paula Scarpato aos Camarões, em 2011. Sensibilizada com a realidade de muitas crianças que estão fora da escola por não ter como pagar a taxa obrigatória, decidiu fazer algo e me convidou para ajudá-la no projeto.
Como na maioria dos países africanos, nos Camarões o Estado não provê saúde ou educação gratuita à população. A taxa anual cobrada pelas escolas é de cerca de 100 euros, o equivalente a dois salários mínimos locais.
A PROPOSTA DO PROJETO É PROMOVER A EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS AFRICANAS POR MEIO DO FINANCIAMENTO DA TAXA ANUAL ESCOLAR.
Fora da escola, essas crianças tendem a se direcionar para o trabalho. O percentual de crianças de 5 a 14 anos que trabalham no país é de 41%.
Quando estive lá, em 2008, pude ver muitas meninas mães. Não há controle de natalidade, as mulheres sequer podem comprar camisinha, quanto mais exigir de seu parceiro, o que resulta numa média de 4 filhos por mulher.
Certa vez, uma menina de 16 anos deu a luz às 2 da manhã. Às 8 da manhã ela deixou seu bebê com o pai, no hospital, e saiu para fazer prova na escola. As meninas costumam continuar os estudos durante a gravidez e, quando os bebês nascem, muitas não tem outra opção a não ser levá-los à escola com elas.
Quem faz a ponte do projeto nos Camarões é a minha tia, a Irmã Davina, que vive nos Camarões desde 2001. Lá ela construiu uma maternidade, na capital Yaoundé e uma escola, em Batouri. No meio de suas muitas atribuições na maternidade, onde fica a maior parte do tempo, ela ainda arruma tempo para cuidar da lista das crianças do projeto, direciona as doações e acompanha o dia a dia dessas crianças na escola.
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APADRINHE UMA CRIANÇA COM O VALOR DE 100 EUROS OU COLABORE COM O PROJETO DOANDO QUALQUER QUANTIA
Após a matrícula da criança, o padrinho recebe uma cartinha de seu afilhado com foto e comprovante da escola.
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